sábado, 17 de setembro de 2011

Confissão

Hoje decidi vir aqui contar o maior dos bafos da minha vida: falar de como realmente sou!

Tenho certeza de que muita gente pensa que me conhece e tenho certeza também de que uma quantidade absurda dessas pessoas não faz ideia de quem é a verdadeira Mariana Porto.

Depois que "desisti" do Jornalismo, profissão com a qual sonho desde que me conheço por gente, muita coisa legal aconteceu comigo, como, por exemplo: decidi fazer uma tatuagem no pulso, coisa que eu ainda não tinha feito apenas pelas restrições da profissão. Tinha medo de perder oportunidades por causa dela.

É um exemplo idiota, verdade. Mas é verdade também que não foi por desistir do Jornalismo que tantas coisas mudaram em minha vida.

A mudança profissional brusca foi apenas a primeira manifestação do fim do meu medo de seguir meu coração e viver a vida sem medo de ser feliz e sem a obrigação de ter que atender às expectativas de ninguém!
Desde que entreguei minha vida à Deus, ao acaso, ao vento - ou ao que você quiser chamar - e um pouco menos à minha ilusão de ter o controle sobre todas as coisas, tenho conhecido pessoas maravilhosas, tido oportunidades incríveis e experimentado momentos de paz profunda, amor e gratidão por tudo o que tenho e pelas situações que experimento, sejam boas ou ruins... reconheço a importância de cada uma das circunstâncias dessa loucura que é a vida!

Por muito tempo eu vivi guiada pelo meu ego e pelas expectativas dos outros sobre mim, e assim deixei de fazer e falar muita coisa, como também fiz várias outras pelo mesmo motivo.
Pode parecer que esse post nada mais é do que, de novo, a prova do quanto eu me importo com a opinião alheia, mas na verdade ele é a quebra desse padrão.

Eu sempre tive vergonha de falar sobre o que penso da vida e quais são meus verdadeiros sonhos... principalmente depois que entrei nesse sistema de vestibular - universidade - carreira, e mais ainda por ter me enfiado no Jornalismo, onde ninguém parece ser cool o suficiente.
Ou melhor, legal ali no Jornalismo é ser polêmico, grosso, leviano, putanheiro, bebum, revoltado, independente, descolado, não se apegar a nada - muito menos a pessoas, mais ainda se for amorosamente -, etc...

Everybody wanna be Scotto.

Ele tem seu charme, ok, mas eu curto mais é ser aquilo que ele mais gosta de ridicularizar: uma pessoa deslumbrada com a vida, ingênua - por que as pessoas criticam tanto a ingenuidade? -, afetiva, beeem pamonha - especialmente quando amo alguém -, brega, cafona, moderadamente alienada, e outras tantas coisas condenáveis num Jornalista.
Essa profissão não deve servir pra mim, mesmo...
Jornalista odeia clichê, mas tá cheio de estereótipos... desculpa, mas se tem uma coisa que eu não quero pra mim é me ver na clássica cena whisky numa mão, cigarro na outra, olheiras, solidão, amargura e uma reportagem genial numa máquina de escrever à frente.
Graças a Deus existe quem se encaixe nessa descrição, especialmente na parte da reportagem genial, com a qual me deleito com frequência... mas eu tenho humildade pra reconhecer: não sou uma Jornalista genial!

Sabe o que eu sei fazer bem? Amar.
Eu amo as pessoas de graça. E também os animais, a natureza e as coisas.
Eu me importo com sentimentos dos outros - por muito tempo até mais do que com os meus próprios, mas estou trabalhando nisso.
A cena clássica onde mais quero me ver um dia é: uma casa cheia de filhos e um marido. E quanto mais próximo de um rótulo de margarina, com todo mundo tomando café da manhã junto e feliz, melhor!
Eu quero pra mim um amor de cinema, com cumplicidade e romantismo. Pra mim não cola aquela história de que o casamento e a rotina acabam com o romantismo. EU ME RECUSO A ACREDITAR NISSO!
E digo mais: poucos foram os dias da minha vida em que fui dormir sem pensar "será que amanhã vou encontrar meu grande amor?".
Ria de mim, mas eu tenho CERTEZA ABSOLUTA de que vou ter tudo isso!

Óbvio que sonho também em ter meu trabalho, meu dinheiro e tudo mais... mas mesmo nessas outras coisas, pra mim, é essencial que haja amor.
Eu simplesmente não consigo fazer nada sem amor. Me dói. Me sufoca.
Pode ser que eu tenha uma visão romântica demais da vida, mas, desculpa... eu não consigo! Nunca vou conseguir trabalhar só pra ganhar dinheiro, fazer as coisas por fazer...
Eu quero amar o que faço. Por isso que por mais que tenha parecido loucura sair de Jornalismo pra Programação, pra mim, era o mais óbvio a se fazer.
E daí que eu fiquei 3 anos fazendo cursinho e mais 4 na faculdade? Prefiro perder 7 anos (apesar de não achar que foi perda de tempo) do que o resto da minha vida fazendo aquilo que não me dá tesão.

A conta é muito simples. Amor = Felicidade.
E a única coisa que eu quero nessa vida é ser feliz!

5 comentários:

Mariane Ventura disse...

Adoreeeei! O "Everybody wanna be Scotto" é bem verdade meeesmo! Eu li esse post, e não pude deixar de lembrar de uma frase. Acho que vc tem se lembra dela: "O amor é brega." E lembra de quem disse isso né? Mas e daí que foi a Claudia Leitte? Todo mundo fala mal dela, mas quando é carnaval, todo mundo pula atrás do trio cantando as músicas dela e não tem aí!! Se o amor é brega, ser brega e ser feliz. É isso que importa!

Bruno Batiston disse...

Mari, isso vai soar absurdo, leviano e impulsivo, e talvez seja mesmo tudo isso, mas eu tenho certeza de que você vai me entender: juro, eu te amo por ter escrito isso! E apesar da euforia da exclamação, eu te garanto que é literal, mesmo porque, ao contrário do que diria muito jornalista por aí, mesmo no literal se encontra uma variedade de singificados incrível (e neste caso, uma significação me parece absolutamente pertinente).

Muito obrigado, simplesmente por ser quem você é e por me deixar saber disso, conhecer quem é você. Isso é admirável, demais. Não é todo mundo que se permite viver com tamanha entrega essa experiência que ouso chamar de humanidade.

Marilza disse...

Demorei quase 50 anos pra criar coragem de ser o que sou e ouvir apenas meu coração, que é sábio e sempre faz o melhor... Que bom que consegui te ajudar a descobrir isso com metade da minha idade. Seja feliz do seu jeito! Te amo.

Mariana Porto disse...

Bruno,
Quando eu terminei de escrever este texto, juro que pensei: é, não sou nenhum Batiston, mas acho que serve... HAHAHA!
Meu ego talvez nem me deixasse publica-lo, por achar que não está à altura da admiração dos colegas, mas e daí? Eu não convidei ninguém pra vir aqui se deleitar com minhas (não) habilidades literárias, e sim, para testemunhar um texto que saiu do meu coração.
E ele não está nem aí pra ser coerente, compreensível e inteligível, muito menos, literário.

Eu não acho leviano você dizer que me ama, se assim você sentiu... aliás, me irrita quando dizem "eu te amo não é bom dia"!
Quem sabe se as pessoas se amassem mais, sem ficar atendendo ao "bom senso" do ego, o mundo não seria um lugar melhor?
A verdade é a seguinte (se é que ela existe): o amor faz um bem danado a quem o irradia! Muito mais do que a quem o recebe.
Então, permita-se amar! Ame sem medida!
Ame em 30 segundos ou 30 anos... amor nunca é demais!
...e eu TE AMO também! :)

Unknown disse...

Se tiveres todo o conhecimento do mundo, mas não tiver amor, do que lhe adiantaria isto?
Muitas palavras não satisfazem à alma, mas uma palvra santa conforta o coração e uma consiência pura inspira grande confiança em Deus.
Quanto mais e melhor souberes, tanto mais serás julgado, se com isso não viveras mais santamente.
Se te parece que sabes e entende muita coisas, lembra-te que é muito mais o que ignoras.
Não há melhor e mais util estudo que conhecer-se perfeitamente e despresar-se a si mesmo.
"Tomas de kempis"
Nós podemos ecolher nossos caminhos, porem eles não nos pertecem por que são apenas caminhos, o nos pertece é a vida a alma humana e nada mais, e disto apenas temos o amor :)
muito bom saber um pouco mais de você, com amor Maicos