quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Expectativa zero!

Não é raro o dia em que você suspira e diz: “que vida de merda”. Um dia lindo de sol e um carro te encharca com a única poça de lama do planeta; seu ex com a bizarra do seu curso na poltrona da frente do cinema; acordar atrasado para a consulta que você levou 3 meses para conseguir marcar; o cartão recusado que denuncia o salário que ainda não caiu. Mas já parou para pensar por que é que você se irrita tanto com esse tipo de evento a ponto de achar que sua preciosa e confortável vida é realmente uma merda? É tudo culpa da expectativa!

Você não esperava ser molhado num dia seco, achava que o despertador ia tocar – mesmo que você mesmo tenha esquecido de programar –, pensava que seu ex ainda estava prostrado na cama chorando o fim do relacionamento, e, bem... vamos considerar que não é tão grave assim supor que seu salário cairá no dia certo. Mas, mesmo assim, essa expectativa foi frustrada e por isso você está com essa cara de derrotado, dizendo que essas coisas só acontecem contigo!

Tem gente que espera tanto da vida que se ilude que vai sair de casa com uma sombrinha num dia chuvoso e com vento e vai conseguir mesmo chegar seco ao trabalho. Aí se molha até a cintura e entra no escritório bufando de ódio. Martinha, tô contigo: “relaxa e goza”, cara!

Nós não temos a capacidade de prever o futuro. Mesmo assim, quando achamos que algo vai acontecer de um jeito e sai diferente, consideramos a maior sacanagem do universo! Não é mais fácil ficar de boa e viver a vida apenas vendo no que vai dar? Apenas observando? Experimente assim: em vez de ir pro bar com a turma da firma revelar o amigo secreto de fim de ano, contando já com aquela cervejinha gelada e uma investida de sucesso na secretária do chefe, por que não se contenta em ir ao bar com seu presente debaixo do braço, apenas? Você vai ver quanta alegria: “Caramba! Tem cerveja aqui! E está gelada! Que maravilha!”, “Que coisa, não? O chato da mesa da janela me tirou! Acontece, né... ele entrou pra brincadeira... vamos ver o que eu ganhei!”, “Olha só! A sobrinha da secretária do chefe tá me dando mole! É meu dia de sorte!”, “Porra! Vomitaram no meu sapato de couro de cobra! Vai pra puta que pariu!”.

Tudo bem. Ninguém aqui está pedindo pra você ser uma pessoa zen, que acha tudo lindo. Você não tinha expectativa de que alguém vomitasse em seu sapato sejá-lá-do-que-for e aconteceu. Tem todo o direito de achar isso uma merda.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Quer me depilar, me beija!

Gostaria muito de saber quando e quem foi que começou a disseminar a ideia de que mulheres têm que ser depiladas. Não que eu ache que pelos são bem vindos ou esteticamente agradáveis num corpo feminino – aliás, vamos combinar que muito pelo nem em homem dá pra aguentar – mas, poxa vida, quem teve a brilhante ideia de transformar uma coisa tão estúpida numa prática culturalmente obrigatória? Não há tarefa mais ingrata do que a de se submeter a uma depilação. Não digo nem pela dor. Com ela, você se acostuma. A questão é que o processo todo pode ser bastante constrangedor, para não dizer patético.

Em Florianópolis existe um lugar chamado “centro de depilação”. Como você pode notar pelo nome, é um estabelecimento especializado em tortura. Você chega lá, se dirige ao balcão e escolhe o serviço. Axila, perna, virilha... ok, nada de novo. Mas ali você descobre que existe uma lista inacreditável de partes a serem depiladas. Costas, faixa (hãn!?), nariz, ½ nádega (seria só um lado da bunda ou do meio pra baixo?), pezinho (assim, no diminutivo), queixo, seios (!), e a série virilha: comum, cavada, total e modelada. Repare como algumas tem nomes que te deixam em dúvida quanto à localização ou limite geográfico. São 22 opções no total! Aí você escolhe uma e finge que entende do que se trata – não é aconselhável piorar a situação pedindo explicações – e recebe um saquinho com uma luva cirúrgica, uma pinça e uma espátula. Isso não pode ser bom!

“Mariana Guimarães!”. Nunca me chamam assim, mas ótimo! Não é um lugar em que eu deseje ser reconhecida, correndo o risco de transformar o programa de índio num evento social. “Cabine 7”. Como assim cabine? Depois que você passa pela porta cor de rosa, percebe que a máquina é muito mais organizada do que se podia imaginar! São 15 portinhas, uma do lado da outra, com gente sendo melecada, puxada e pinçada. E não se ouve um só grito, acredite!, e sim, coisas do tipo: “Nossa, como está abafado hoje, né?”; Slashhh! “hehehe... faz 3 meses que não me depilo!”; “e quantos filhos você tem?”; “você quer mais cavada?”; “quantas pessoas você depila por dia?” – por que diabos as pessoas perguntam esse tipo de coisa no meio de uma depilação?

Ok, cabine 7. Sou instruída a tirar a calça e a calcinha e aguardar deitada de costas. Poxa vida, não me deram nem uma taça de vinho antes!

- Oi, Mariana, meu nome é Letícia! Abre essa perna pra cá, e essa pra cá, bem assim. Isso!

- Lararilará...

Alguns eternos minutos de um silêncio constrangedor depois...

- Pronto. Agora vira de bruço e segura, assim, com as duas mãos.

Nessas horas só resta mesmo fazer a tal da pergunta idiota:

- Então, Letícia... quantos litros de cera será que vocês usam por dia?

Pô, fala sério, né! Eita funçãozinha ingrata! As luzes estão acesas – aliás, bem acesas!... estamos sóbrias... não rola nem um xaveco!? Quer me depilar, me beija!

domingo, 12 de dezembro de 2010

Que seja eterno até que cubra!

“O amor é uma flor roxa que nasce no coração dos troxa”, já dizia minha irmã. Realmente, quem é que não fica um pouco ridículo quando está apaixonado? Não vou nem comentar aquelas bobagens clássicas de filme de comédia romântica porque o lance, na verdade, é muito mais sério. Quando o cupido te acerta, você simplesmente parece esquecer a pessoa que é, e passa a ser aquilo que o outro espera que você seja. E o mesmo acontece do outro lado.

Essa é a coisa mais trouxa que pode – e vai – acontecer quando você se apaixonar! O casal deixa a individualidade de lado e vai caminhando a um denominador comum: a moça baladeira e expansiva agora sai menos e é mais discreta; o cara tímido que nunca saía de casa, agora vai aos poucos programas que a parceira insiste em comparecer e até arrisca algumas piadinhas. Tudo bem. Você acabou com aquela pessoa pela qual se atraiu no começo, mas não entremos nesse mérito. Agora os pombinhos deixam de ser dois e passam a ser um megazord do amor! Eles têm os mesmos gostos, os mesmos amigos, as mesmas opiniões, e aí começam a brincar de pensar em como seria a casa ideal, o casamento perfeito – ou nada de casamento!, nós somos modernos! – o filho com o nariz de um, os olhos da outra... e aí decidem comprar uma aliança de compromisso – modernos, que nada!

Mas é muito amor para um casal só, e a aliança não é suficiente. E então, a genial decisão: vamos fazer uma tatuagem! Claro! Por que não? Sendo o amor, por essência, uma coisa tão perene, nada como brindar esse sentimento com algo da mesma infinitude: uma tatuagem! Ele vai escrever Rosicheyla em letras garrafais, no braço, de preferência do cotovelo ao pulso. Assim, pra todo mundo ver mesmo. Ela já opta por algo mais discreto. Quem sabe “Sanderson, amor eterno” na nuca, ou alguma homenagem mais picante, na virilha?

Acontece que, nessa vida, nada é para sempre. Rosicheyla começa a sentir falta das baladas e achar as piadas de Sanderson pouco criativas: “ele nunca foi bom nisso”. Este, por sua vez, começa a ouvir histórias sobre a piriguete que sua namorada foi um dia e a pensar que talvez seria melhor se relacionar com alguém mais discreto. E assim tudo piora exponencialmente e eles decidem terminar antes de perder o respeito. Mas e a tatuagem? Pois é... parece que algumas coisas nessa vida são, sim, para sempre. Não me venha falar em remoção a laser! Você acha que Rosicheyla tem dinheiro pra isso? Se apagar não dá, o jeito, então, é tocar a bola pra frente. Rosicheyla abaixa as calças e puxa a calcinha de lado. “Cobre!”.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

2012 é real

A prova de que o fim do mundo está mesmo próximo é que hoje fiz matrícula ANUAL na academia!
Não tanto por força de vontade, mas sim, por falta de dinheiro... saiu "bem mais barato" (do verbo: menos da metade).
Se bem que foi ela [a força de vontade] que me fez ir até lá e fazer você já sabe o quê...
Ou não: foi o espelho mesmo!

A partir de hoje, a sedentária de carteirinha aqui vai tentar contar como é sair da inércia estática!

Hoje depois da primeira sessão de exercícios liguei pro meu namorado e ele achou, pela voz, que eu tinha sido estuprada! Hahaha!

- Foi legal, amor?
- Ah, fala sério! Legal é ficar sem fazer nada, né...

Uhul! Quanta empolgação, hein!?
Por que mesmo eu tô fazendo isso?
Ah é! Toda vez que eu postar, vou tentar elencar um motivo que me levou a inventar essa de fazer academia agora...

1) Cheguei à conclusão de que o que eu ando comendo, por menor a quantia e por mais saudável que seja, é mais do que eu preciso pra não fazer nada. Daí que de grama em grama começam a aparecer problemas maiores e mais flácidos...

Balanço do primeiro dia: Tô um caco, mas valeu a pena. Agora faltam só 364...

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Seja compreensiva, querida...

Você algum dia já ousou não entender a necessidade que homens vêem em consumir pornografia (mesmo tendo uma namorada gostosinha)?
Aposto que ouviu: relaxa, homem é assim mesmo!

Não me conformo como em pleno século vinte-e-um... não... juro que não vou começar com essa ladainha (apesar de ser bem por aí)!
Não entendo como que seu namorado não pode admirar uma bela moça devidamente vestida no shopping sem você dar um chilique de ciúmes e pode, sem problemas, se deleitar com uma gostosa pelada, arreganhada em todas as posições e ainda se masturbar com isso!
Por que nós temos que compreender?

Não tô dizendo que deve ser proibido, nem nada... mas algo tão obsceno deveria ser feito com um pouco mais de discrição e não escancarado no revisteiro do banheiro ou no desktop do computador onde nós passamos sem restrições...

Acha que sou puritana demais? Ok...
Imagine então sua namorada deixando G Magazine's com uns baita negão sarado cujo pau dá três do seu, espalhadas pela casa, displicentemente esquecidas no banheiro ou quarto...
Imagine que ela olha aquelas fotos e DESEJA aqueles homens... se masturba com eles...
Ahhh, sua namoradinha não se masturba, é? Ela é uma santa? HAUAHUAHAUHAUHAUAHA!!!
Aham!

Experimente, querida, propor igualdade em casa e veja como você vai milagrosamente deixar de saber qual é a gostosa da capa do mês na playboy! ;)