Foto de Luciano Meirelles
O fim de semana se aproxima e, com este calor, não há nada melhor que um Happy Hour no fim do dia para fechar a sexta-feira. Na hora de pedir o chope, a antiga polêmica: quantos dedos de colarinho?
Luciano Tavares, analista de marketing, pondera: “Não gosto de colarinho, mas, se não tiver outro jeito, que seja um dedo. Eu pago pelo líquido e não pela espuma”.
A discussão sobre a espuma fazer ou não parte do chope foi parar na Justiça de Santa Catarina quando um fiscal do Inmetro, após pedir a bebida, constatou que o bar, por conta do colarinho, servia menos que os 350ml de chope prometidos. A briga durou oito anos e o tribunal decidiu a favor do estabelecimento no mês passado. O argumento mais convincente: de acordo com a juíza Maria Lúcia Luz Leiria, “chope sem colarinho não é chope, como conhecido nacionalmente”.
Para bom bebedor...
De fato, segundo uma enquete realizada pelo site O Globo, 65% dos 916 votos afirmam que a espuma faz, sim, parte da bebida. Funcionalmente, ela é essencial para manter o gás, o sabor (pois evita o contato com o oxigênio, que provoca amargor) e também a temperatura.
O jornalista Tiago Agostini acha totalmente certo pagar pelo chope, incluindo a espuma. “Desde esteja na proporção correta, tudo bem. Na verdade, eu acho um absurdo pagar por um chope mal tirado. Um chope que tenha metade do copo de espuma é desperdício e abuso”.
Para Bruno Fragoso, engenheiro e fã de Happy Hours, o colarinho é essencial: “Chope é igual a líquido mais espuma. Se você pede sem espuma, não é chope! Eu curto de um a dois dedos. Conheço quem não goste, mas acho um sacrilégio”.
Aos que concordam com a decisão da Justiça: não pensem que tudo acabará em chope! A discussão jamais terá fim quando se trata de quantos dedos são ideais. Para atingir os benefícios anteriormente citados, recomenda-se que a bebida tenha aproximadamente 3cm de colarinho mas, se já está difícil entrar num acordo sobre a presença ou não da espuma, imagine sobre a quantidade dela...