Hoje decidi vir aqui contar o maior dos bafos da minha vida: falar de como realmente sou!
Tenho certeza de que muita gente pensa que me conhece e tenho certeza também de que uma quantidade absurda dessas pessoas não faz ideia de quem é a verdadeira Mariana Porto.

Depois que "desisti" do Jornalismo, profissão com a qual sonho desde que me conheço por gente, muita coisa legal aconteceu comigo, como, por exemplo: decidi fazer uma tatuagem no pulso, coisa que eu ainda não tinha feito apenas pelas restrições da profissão. Tinha medo de perder oportunidades por causa dela.
É um exemplo idiota, verdade. Mas é verdade também que não foi por desistir do Jornalismo que tantas coisas mudaram em minha vida.
A mudança profissional brusca foi apenas a primeira manifestação do fim do meu medo de seguir meu coração e viver a vida sem medo de ser feliz e sem a obrigação de ter que atender às expectativas de ninguém!
Desde que entreguei minha vida à Deus, ao acaso, ao vento - ou ao que você quiser chamar - e um pouco menos à minha ilusão de ter o controle sobre todas as coisas, tenho conhecido pessoas maravilhosas, tido oportunidades incríveis e experimentado momentos de paz profunda, amor e gratidão por tudo o que tenho e pelas situações que experimento, sejam boas ou ruins... reconheço a importância de cada uma das circunstâncias dessa loucura que é a vida!
Por muito tempo eu vivi guiada pelo meu ego e pelas expectativas dos outros sobre mim, e assim deixei de fazer e falar muita coisa, como também fiz várias outras pelo mesmo motivo.
Pode parecer que esse post nada mais é do que, de novo, a prova do quanto eu me importo com a opinião alheia, mas na verdade ele é a quebra desse padrão.
Eu sempre tive vergonha de falar sobre o que penso da vida e quais são meus verdadeiros sonhos... principalmente depois que entrei nesse sistema de vestibular - universidade - carreira, e mais ainda por ter me enfiado no Jornalismo, onde ninguém parece ser cool o suficiente.
Ou melhor, legal ali no Jornalismo é ser polêmico, grosso, leviano, putanheiro, bebum, revoltado, independente, descolado, não se apegar a nada - muito menos a pessoas, mais ainda se for amorosamente -, etc...
Everybody wanna be Scotto.
Ele tem seu charme, ok, mas eu curto mais é ser aquilo que ele mais gosta de ridicularizar: uma pessoa deslumbrada com a vida, ingênua - por que as pessoas criticam tanto a ingenuidade? -, afetiva, beeem pamonha - especialmente quando amo alguém -, brega, cafona, moderadamente alienada, e outras tantas coisas condenáveis num Jornalista.
Essa profissão não deve servir pra mim, mesmo...
Jornalista odeia clichê, mas tá cheio de estereótipos... desculpa, mas se tem uma coisa que eu não quero pra mim é me ver na clássica cena whisky numa mão, cigarro na outra, olheiras, solidão, amargura e uma reportagem genial numa máquina de escrever à frente.
Graças a Deus existe quem se encaixe nessa descrição, especialmente na parte da reportagem genial, com a qual me deleito com frequência... mas eu tenho humildade pra reconhecer: não sou uma Jornalista genial!
Sabe o que eu sei fazer bem? Amar.Eu amo as pessoas de graça. E também os animais, a natureza e as coisas.
Eu me importo com sentimentos dos outros - por muito tempo até mais do que com os meus próprios, mas estou trabalhando nisso.
A cena clássica onde mais quero me ver um dia é: uma casa cheia de filhos e um marido. E quanto mais próximo de um rótulo de margarina, com todo mundo tomando café da manhã junto e feliz, melhor!
Eu quero pra mim um amor de cinema, com cumplicidade e romantismo. Pra mim não cola aquela história de que o casamento e a rotina acabam com o romantismo. EU ME RECUSO A ACREDITAR NISSO!
E digo mais: poucos foram os dias da minha vida em que fui dormir sem pensar "será que amanhã vou encontrar meu grande amor?".
Ria de mim, mas eu tenho CERTEZA ABSOLUTA de que vou ter tudo isso!
Óbvio que sonho também em ter meu trabalho, meu dinheiro e tudo mais... mas mesmo nessas outras coisas, pra mim, é essencial que haja amor.
Eu simplesmente não consigo fazer nada sem amor. Me dói. Me sufoca.
Pode ser que eu tenha uma visão romântica demais da vida, mas, desculpa... eu não consigo! Nunca vou conseguir trabalhar só pra ganhar dinheiro, fazer as coisas por fazer...
Eu quero amar o que faço. Por isso que por mais que tenha parecido loucura sair de Jornalismo pra Programação, pra mim, era o mais óbvio a se fazer.
E daí que eu fiquei 3 anos fazendo cursinho e mais 4 na faculdade? Prefiro perder 7 anos (apesar de não achar que foi perda de tempo) do que o resto da minha vida fazendo aquilo que não me dá tesão.
A conta é muito simples. Amor = Felicidade.
E a única coisa que eu quero nessa vida é ser feliz!